Aylton

Como conheci Luiz Gonzaga

Foi assim:
No início dos anos setenta, sai da rádio Progresso e fui trabalhar no jornalismo da rádio Gazeta, na época um departamento muito atuante.
O diretor geral era o Cabeção, José Barbosa de Oliveira, muito rígido em seus princípios, e o de programação (ou artístico) era Edécio Lopes, excelente figura humana e que entendia de tudo (tudo mesmo) sobre Rádio.
Um dia, o Edécio me disse que ia almoçar com um amigo e me fez um convite para acompanhá-lo. Ia aproveitar o momento, fazer uma entrevista e poderia precisar de minha ajuda.
Pois bem, pegamos a Rural Wyllis com todo o equipamento e partimos para a missão. Foi no Bar das Ostras e o amigo do Edécio já estava lá: Luiz Gonzaga, Gonzagão, o Rei do Baião, de calça caqui, óculos escuros, camisa de linho branco e um sorriso do tamanho de sua fama.
Era um dia de semana, tinha pouca gente. A comida de d. Oscarlina era feita na hora e ia demorar um bocado. Montamos o equipamento e começou a entrevista. Pergunta vai, pergunta vem, e eu ali do lado, tomando minha cerveja. Já terminando a tarefa, Edécio pediu ao Luiz Gonzaga que tocasse/cantasse qualquer coisa para servir de BJ na edição da matéria. Um de seus acompanhantes foi até o “carro de praça” e trouxe a sanfona. E assim ficou respondendo o que lhe achava conveniente e dedilhando seus 120 baixos.
Quando a entrevista terminou, eu, na maior cara de pau, pedi que ele cantasse “Paulo Afonso”. O Edécio ficou chateado, mas o rei não se fez de rogado e mandou: “Paulo Afonso/Que coisa louca/Uma cachoeira rouca…”
Aí interrompi: “esta não seu Luiz, o Paulo Afonso é outro”. E ele puto olhou pra mim com a cara de quem queria me dar um cascudo. Qual, seu, seu…
Então, eu dei o “prefixo”: “Delmiro deu a idéia/Apolônio aproveitou/Getúlio fez o decreto/ Dutra realizou”. Não deu outra. Ele fez a introdução, uma das mais belas de seu repertório, e nós “cantemos” juntos. Foi uma das maiores alegrias de minha vida. É pena que o equipamento já tivesse sido desmontado, o motorista retornado à rádio e perdi a grande oportunidade de ter gravado uma música com um dos maiores de meus ídolos. (Em tempo: no próximo ano, será comemorado o centenário de seu nascimento, porém a partir do próximo dia 13 de dezembro – dia de seu aniversário – será iniciado o evento).
Depois fiquei no meu canto, quietinho. Comi e bebi bastante, só ouvindo as histórias que os dois tinham pra contar. História de duas pessoas que fiquei mais a admirar.
Passado alguns anos, encontrei novamente Luiz Gonzaga. Eu estava em Recife, trabalhando na Ítalo Bianchi e o acompanhei na gravação de um comercial para o BNB dirigido pelo próprio Ítalo. BNB, um dos grandes clientes da agencia, Luiz Gonzaga o maior intérprete da nossa musica regional. E tive a honra de participar da produção de um dos melhores anúncios do Nordeste.
Mas aí, já é outra história.
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Vai uma moto aí?
Saiu esta semana uma triste estatística sobre acidentes de trânsito. No ano passado, morreram mais de 40 mil pessoas e milhares ficaram com seqüelas graves, muito graves e gravíssimas. É uma quantidade bíblica, e as causas principais são a bebida e motos, que estão quase empatando com os automóveis.
Sobre o álcool, a lei a partir deste mês está mais severa. Se você dirigir bêbado, já fica enquadrado. Já é um bom caminho andado.
Quanto a motos, a comercialização poderia ser mais rígida.
Hoje, qualquer pessoa chega numa revendedora, compra uma pra pagar em 30, 40, 60 meses (ou mais) e já sai pilotando. Ou seja, monta na bichinha, o vendedor dá um empurrão e o cara sai ziguezagueando por aí. E o final todo mundo sabe: Cemitério, muleta, cadeira de roda ou numa cama para sempre, jogando fora os bons tempos da juventude, dando trabalho a família e prejuízo ao Estado (previdência) que gasta uma fortuna por cada motoqueiro acidentado.
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Neymar é nosso!
Muita gente (santista ou não) está vibrando com o atual contrato de Neymar com o Santos, iniciando um ciclo de permanência de um dos melhores jogadores do Brasil.
O cara vai ganhar uma grana imensa e o pastor da igreja que ele e sua família frequentam também. Neymar tinha feito acordo do dízimo em 40 mil reais por mês e agora com a mão na bufunfa, o adjutório deve no mínimo dobrar.
Só espero que essa negociação clube/atleta não seja mais um fiasco, o tal do jeitinho brasileiro.
Vide caso Ronaldinho/Flamengo. O time do Urubu já está com três meses de atraso com o rapaz.
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A propaganda e o consumidor
Já está tramitando um projeto de lei para que nos intervalos nas rádios e televisões não se aumente o volume dos comerciais. Realmente é um abuso. Tem até emissoras que chegam à estupidez da gritaria. Tudo deve ser bem equalizado. Esta determinação deveria ser estendida para jornais e revistas que trazem no rodapé muitas observações que para ler tem que usar lentes de aumento, principalmente em anúncios de automóveis, bancos e imóveis que, se não prestar atenção, cai numa arapuca consumista. Fique de olho. E de orelha em pé.
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Jornais e revistas
Se você tem interesse em produzir jornal ou revista para sua empresa, associação, sindicato, clube ou qualquer entidade de classe entre em contato com a gente. A Clichê Comunicação Integrada é especialista no assunto e está de volta a editar bons produtos sob responsabilidade do jornalista Ricardo Rodrigues, professor da UFAL e correspondente em Alagoas do jornal O Estado de São Paulo – O Estadão.
Saiba mais: 9950.5665 / 8852.9767 / 3313.8661 / 3231.4827.
cliche.com@uol.com.br – nunesaylton@yahoo.com
Rua Pedro Paulino, 76 – Poço sede própria em frente ao Senac
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Direito de resposta (aos e-mails)
-Daniela C. S – pergunta qual a empresa do industrial do Sr. José Carlos Lira de Andrade, presidente da Federação das Indústrias.
*Daniela, confesso que não sei. Pelo que vejo nos jornais e televisão acho-o um bom administrador que deu um salto de qualidade na entidade que dirige. Soube que é um homem muito dedicado e educado com as pessoas e com a equipe sob seu comando.
Vou procurar saber qual o seu ramo e depois publico aqui.
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-Manoel J. T – Existe mesmo a tal fidelidade partidária?
*Mané, isso não passa de ilusão. Esses políticos têm sim fidelidade… para com os caciques dos partidos. Tem muitos vereadores, prefeitos e deputados que são verdadeiros paus mandados. É obediência canina.
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-Marcelo M. M. – É verdade que Alagoas quase emplaca um ator com o nome de ChucK?
*Quase acontecia esta tragédia. Já tínhamos em níveis mundiais o Chuck Connors, o Chuck Norris e aqui o Chuck Pamonha.
O cara se achava parecido com um dos dois, mas graças a Deus não passou de apenas um cantorzinho de forró medíocre. Para o bem de todos, já sumiu. Espero que para sempre.

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Pra semana leia: Olha a sacolinha!!! (sobre o aniversário de um colunista social). Aqui em Maceió virou uma epidemia.

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