Aylton

O último suspiro de Lessa

A terça-feira passada foi péssima para o ex-governador Ronaldo Lessa e seus fiéis seguidores. A chance que ele tinha de mandar novamente no Estado foi de água abaixo, levou uma goleada de 6X1. Esse UM a seu favor foi dado pelo ministro parente de Fernando Collor. Nada adiantou a “força” que recebeu do Renan e do próprio Collor na sua busca do poder.
Agora vai ter que lutar para enfrentar as próximas eleições para prefeito de Maceió.
Se pensa que vai ter apoio do Renan/Collor/Sindicatos e outros penduricalhos (como aconteceu nas eleições passadas para governador, principalmente no segundo turno) vai se ferrar. Os arranjos políticos são outros, os interesses diferentes e novos personagens apareceram com novas ideias, novos ideais, tipo Rui Palmeira.
Não vai ser nada fácil a vida de Ronaldo, que está com uma montanha de processos nas costas, fez muitas intrigas com gente poderosa. Alguns discípulos que ainda estão ao seu redor com certeza na Hora H vão pular do barco deixando o rapaz falando sozinho.
Na política é assim: Está no poder? – Tô contigo!
Não tem nada a oferecer? – Tô fora!
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Joaldo
Uma das pessoas que acredito que fique ao lado do Ronaldo nesta sua nova jornada por caminhos cheios de pedras é o jornalista Joaldo Cavalcante, uma boa pessoa e excelente profissional na área de comunicação institucional. Ele e Lessa são amigos de longas datas.
Joaldo lançou neste mês mais um livro. Este trata das dificuldades de diálogo do poder executivo (federal) com as demais unidades da federação. Para quem atua em assessoria de comunicação é imperdível.
Tem prefácio do professor Douglas Apratto e um texto de José Marques de Melo que diz assim “Ancorando-se na fortuna cognitiva legada pelo regionalismo geopolítico de Tavares Bastos e fazendo um relato estribado na simplicidade estilística de Graciliano Ramos, demonstra plena sintonia entre a versão e o fato numa atitude que espelha a alagoanidade explicita do autor”.
Como diria Edécio Lopes, o cidadão exagerou nos encômios!
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O natal, a pirataria e a picaretagem
Estamos nos aproximando do Natal, mas desde o mês passado que ouvimos apelos comerciais em todos meios de comunicação. É a chamada epidemia do consumismo. É quando ressuscitam o cabuloso Roberto Carlos, o idiotizado/idiotizante Papai Noel. É quando um exército de consumidores gasta o que tem, e o que não tem, em suas necessidades mais imediatas, em festas e presentes em sua grande maioria produtos piratas.
A picaretagem fica por conta das mensagens de fim de ano principalmente nas rádios. O cara faz um texto piegas, medíocre e deprimente para seus clientes, e aí que começa a picaretagem: Coloca um BG com música amplamente conhecida – as mais usadas são What A Wonderful World na interpretação de Louis Armstrong e a e Happy Cristmas de John Lennon que ganhou uma versão desastrada na voz de Simone.
Pergunta-se: cadê o pagamento dos direitos autorais? Cadê o respeito à lei?
E a festa continua. E o pior é que o personagem principal – “o pobrezinho que nasceu em Belém” – fica à margem, abandonado esquecido, trocado por milhões de reais que giram em torno desse mundo consumista onde a fé está mais no cartão de crédito do que no coração.
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Os cem mais
A revista Época fez uma pesquisa para a escolha das 100 personalidades mais influentes no Brasil em 2011.
Apenas um alagoano faz parte da lista. O jornalista, deputado federal e atual Ministro do Esporte José Aldo Rebelo Figueredo, nascido em Viçosa.
Aldo Rebelo estudou na Ufal, passou pela redação do antigo Jornal de Alagoas e depois partiu para São Paulo onde fez/faz sucesso em sua carreira política. Parabéns Aldo.
Enquanto isso, dos 25 MAIS da Câmara Federal e dos 12 MAIS do Senado não tem nenhum político alagoano.
E se a gente fosse escolher em Maceió os MAIS da Assembléia e da Câmara de Vereadores, seria um vexame. Uma vergonha.
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Respondendo aos e-mails
-Rosilene S. B. faz o curso de jornalismo e pergunta se a reportagem sobre governo que é veiculado diariamente no programa do França Moura editada pelo Júlio é matéria jornalística ou matéria paga.
*Rosi, não tenho certeza, mas deve ter algum contratozinho via Secom. Se realmente a Jovem Pan estiver faturando, é falta de ética, é propaganda enganosa é um desrespeito aos ouvintes.
Todos têm o direito de saber o que é jornalismo e o que é publicidade.
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*Rogério C. F manda quatro sugestões para batizar a Assembléia: Casa da Vovó, Casa da Titia e Casa da Mãe Joana, pois, através do tal do GDF – Gratificação de Desempenho Excepcional – basta algum deputado dizer que precisa de “tanto” e a mesa diretora, de bom coração, imediatamente libera como a vovó faz com seu netinho, como a titia com o sobrinho e assim por diante.
*Rogério, o que espero é que esse negócio fique bem às claras. Não dá mais pra fazer papel de besta, pagando uma montanha de impostos em benefício de alguns apaniguados. Direta ou indiretamente o deputado JHC mostrou um dos caminhos para onde vai nosso rico dinheirinho. MPE neles!
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-Thales D. M pergunta como está o pré-sal?
*Thales, ainda está no mesmo lugar a alguns quilômetros de fundura e muitos bilhões de anos. Até agora só deu briga entre os estados produtores e o que querem se beneficiar. Futuramente só Deus sabe no que isso vai dar. Eu tenho a impressão de que o petróleo do pré-sal só deve jorrar depois do ano 2020. A nossa tecnologia ainda é incipiente, ainda é inviável economicamente e o risco de grandes tragédias ambientais é mais do que evidente. Está aí o caso da Chevron.

* Foto: Dida Sampaio/AE

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