Reinaldo

O colapso do sistema

DÓLAR,EURO,ESGOTAMENTO DO SISTEMA ECONÔMICO E O FUTURO DO PLANETA

Os dados estatísticos exibidos nos últimos três anos pela economia mundial já são prova substancial de que o esgotamento do planeta é inevitável em praticamente todos os campos fundamentais – energético, alimentar, ambiental.

A produção alimentar planetária não abastece já há algum tempo 1 bilhão das sete bilhões de bocas. Ou seja,um bilhão de pessoas passam fome,morrem de fome no mundo, apesar de todo o esforço para desenvolver uma política de segurança alimentar há mais de duas décadas pela ONU.

Quando a tragédia climática que se abateu há dois anos sobre o Japão colocou a energia nuclear como carta fora do baralho na eleição das prioridades da matriz energética mundial, o potencial de energia hidráulica do Brasil recebeu um impulso tão forte a ponto desse fato ter-se convertido numa das principais vantagens comparativas dessa corrente energética na economia mundial.

Por isso,os danos ambientais previstos primeiro com a Binacional Traipu e mais recentemente com Belo Monte e depois com Xingu foram politicamente assimilados pela sociedade brasileira.

Assim,pelos próximos anos o Brasil não será ameaçado de apagão energético mesmo que a economia brasileira cresça a taxas anuais superiores a 4 % e a sua população continue crescendo taxas ao redor de 2 % ao ano.

DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Ultrapassada a turbulência natural da crise do petróleo que levou o Brasil a um ciclo perigoso de 10 anos de sucessivos déficites no seu balanço de pagamentos,período em que paralelamente seu deu um gigantesco e articulado processo de substituição de importações que mereceu uma intensa campanha favorável da conceituada economista Maria da Conceição Tavares, a miopia industrial do governo Lula apresenta agora sua primeira consequência: a desindustrialização do país, representada de um lado pela massa de trabalhadores descapacitados e pela oferta crescente de vagas por um setor industrial que não tem para onde crescer mais devido a um mercado consumidor de baixo poder aquisitivo.

Além disso,a gestão da economia brasileira parece amadrontada diante de contradições de toda ordem.Uma delas: baixar as taxas de juros para aquecer o consumo na hora em que o endividamento interno assume ao patamar de 50 %. O estímulo ao aumento artificial do consumo interno vai funcionar como uma bolha, cuja explosão atingirá toda a sociedade sob a forma de retomada do processo inflacionário.

GREVISMO

Até agora, as reivindicações dos movimentos grevistas dos últimos dois meses não apontaram para reajustes salariais acima de 10 % mas logo logo esse patamar será ultrapassado pela impulsão de reajustamentos de preços definidos pela sanzonalidade, como o que deverá ocorrer ainda este ano devido a queda na produção de feijão e milho na região produtora do nordeste torrada pelas secas.

Apontado como oásis da nova crise econômica mundial, o Brasil ainda não se desvencilhou da crise política atávica, que parece impedir o país de dar seu grande salto rumo ao futuro: a corrupção. Se no primeiro ano da gestão Dilma Russeff, o país despediçou um ano debruçado na demissão de ministros de estado, a redoma de corruptos do escândalo Cachoeira sugere a ponta de um iciberg em que o lado podre da política brasileira deve passar por um processo cirúrgico tão profundo ao ponto de se expurgar quaisquer sinais de sobrevivência de contaminação futura.

ISOLAMENTO POLÍTICO

Há um temor claro entre setores mais próximos da presidente Russeff no sentido de evitar qualquer isolamento dela da classe política.Esse cuidado tem sido expresso na demora da nomeação da comissão da verdade e na administração dos vetos ao código florestal, anunciados sexta-feira,25.

Na verdade, o reposionamento interno da política econômica do governo Barak Obama no seu esforço para reeleger-se somado às turbulências causadas pela crise financeira que pôs a nú às contradições estruturais da economia europeia trouxeram ao Brasil novas realidades para enfrentar as quais o país precisa ter mais do que vontade de participar de um processo de liderança como membro titular de um novo processo da economia mundial:o país pode e deve apontar os rumos para a formação de um novo modelo econômico em cujo de cuja construção é fundamental que não se ausente a classe política brasileira.

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