Reinaldo

Brasil na iminência da greve geral

O Brasil está vivendo hoje um momento crucial.

É como uma chaleira com água fervendo prestes a destampar. Se testampar suavemente é mais fácil controlar as consequências. Se destampar de uma vez, a tampa vôa com o impacto, queimando quem estiver por perto.

Senão, vejamos: durante anos a fio,oito em que durou seu duplo mandato, o presidente Luiz Ignacio da Silva, com a instrumentalização dos sindicatos através da Cut e dos movimentos sociais rurais através do MST e congêneres, exerceu um controle político exarcebado, com acordos setoriais com sindicatos do tipo correção de cargos e carreiras e com gotas de estímulos financeiros aos sonhadores da terra entre os assentados e da casa própria entre os trabalhadores urbanos.

O noticiário do jornalismo da tv Globo não informa ao distinto público um décimo do que está acontecendo no país.

A sonegação de informação é proposital, política, acertada com o governo e certamente até negociada.

A quase dois meses a greve nacional dos servidores e professores das universidades federais, as negociações estão absolutamente emperradas.

E como o governo morre de medo que ela aconteça e se generalize mas não adota uma postura de negociação a altura, o sentimento grevista já se alastra por outras categorias de servidores federais.Daí, não está fora de hipótese a deflagação de uma paralisação nacional geral dentro de muito pouco tempo.

De outro lado, alguns setores econôimicos arregaçam as mangas para recomeçar uma remarcação de preços só semelhante ao que ocorreu na economia brasileira no começo da década de 70, período em que, em parte devido à crise do petróleo, o processo inflacionário alcançou às alturas com taxas mensais que atingiam a casa de 10 %.

Hoje a presidente Dilma Russeff(PT) parece e isolada politicamente nessa etapa em que se prenuncia o recrudescimen6to do processo inflacionário.

Os bolsões sindicais antes controlados pelo PT-Cut já começam a botar as unhas de fora. Se houver uma greve geral no setor público, evidentemente os trabalhadores organizados do setor privado vão aderir sem nenhuma dúvida.

Ninguém se esquece de que até agora, surpreendemtemente, o governo Dilma Russeff só beneficiou os setores econômicos, a indústria automobilítica e os bancos.

A redução de impostos fiscais, a chamada carga tributária, só beneficou o setor privado.

Você pode pensar que a ampliação do prazo para o financiamento para a compra de um carro lhe beneficiou diretamente,mas se engana: isso desafogou a indústria, com seus pátios lotados, abarrotou as cidades de veículos,piou o trânsito e endividou quem, avidamente, correu para a loja para comprar um carro novo ou usado.

Os recursos decorrentes dos impostos que poderiam ser usados na melhoria do financiamento à educação e à saúde foram transferidos diretamente para a conta bancária das empresas.

Assim, mais de um ano do governo Dilma Russeff foi desperdiçado com uma montanha de equívocos. E com a perda de um aliado fundamental, o funcionário público que mantém a máquina funcionando.

Como fazer o país funcionar com um serrvidor público desestimulado,paralisado?

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