Espaço

Pressões e constrangimentos

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Almanaque Alagoas, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:

Enquanto a jovem blogueira cubana em suas livres andanças pelo Brasil é acompanhada com um estardalhaço que só se justifica pela alergia insuportável que a grande mídia hegemônica externa-interna nutre pela nação cubana, a sua determinação de honrar o seu direito inalienável à soberania e integridade territorial, outro episódio, esse sim de extrema gravidade, é tratado com absoluto fastio pelos maiores órgãos de imprensa do mundo e no País.

Trata-se do caso do cidadão australiano Julian Assange exilado na embaixada do Equador em Londres, impedido de deixar o edifício da representação diplomática, cercada por acintoso aparato de segurança policial e da inteligência inglesa, impossibilitado de deixar a Inglaterra rumo à nação que lhe concedeu asilo.

Julian Assange é um ativista político dos recursos digitais que revolucionaram a comunicação democratizando a produção da informação, difusão das notícias, as relações entre as pessoas, indivíduos, comunidades em escala local, regional ou planetária.

Porém esse cidadão cometeu a ousadia máxima de denunciar ao mundo, através da Internet, documentos valiosos sobre as atividades clandestinas e subversivas das grandes potências, particularmente dos Estados Unidos e OTAN, as fraudes cometidas contra os cidadãos por parte das grandes corporações financeiras obtidas ilicitamente em uma época de crise econômica, falência de Estados nacionais, desemprego massivo dos assalariados no primeiro mundo.

Mesmo encurralado na embaixada do Equador Assange lançou um livro publicado no Brasil em janeiro deste ano reafirmando suas denúncias e ampliando suas observações sobre o que considera a grande ameaça da atualidade, o controle das pessoas, Países através da Internet pelas potências imperiais no maior sistema de vigilância, espionagem da História da humanidade.

Denuncia os perigos que pairam sobre a soberania dos Estados emergentes, que sob a justificativa de combater o crime organizado os EUA e aliados estariam construindo novo controle político, militar, sabotando as estruturas digitais, industriais e de governos nacionais no que os dirigentes norte-americanos classificam como a batalha do futuro, a ciber-guerra.

São pesos e medidas distintos usados pela grande mídia e os EUA sobre direitos humanos, liberdade e soberania das nações. Cabe aos povos encontrar formas de resistência contra graves ameaças com que se defrontam.

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