Ricardo Rodrigues

Alfredo mostra; JHC oculta apoios

Alfredo mostra seus apoios; JHC faz questão de ocultá-los*

Candidatos utilizam estratégias diferentes, mas o povo sabe com quem está a verdade

Por Ricardo Rodrigues

“Digas como quem andas, que te direi quem és”. Diz o ditado popular. Em política não é diferente. Por isso, muitas vezes o candidato faz questão de apresentar seus apoiadores, quando estes ajudam na sua eleição. É o caso do candidato Alfredo Gaspar (MDB), que desde o início da campanha para prefeito de Maceió fez questão de apresentar o governador Renan Filho (MDB) e o prefeito Rui Palmeira (sem partido) como seus dois principais cabos-eleitorais. Mais do que isso, foi criticado quando assumiu, como muita humildade e equilíbrio, que o que está bom, na administração do Rui, vai continuar, e o que não está, ele vai mudar.

Já o candidato JHC fez questão de ocultar, não só o seu nome e sobrenome, mas sobretudo os apoios de integrantes da “velha política”. Logo ele que se diz adepto da “nova política” é flagrado de rabo preso com a turma da propalada “esquerda festiva”, aquela que só faz revolução em mesa de bar, ou quando aparece, nas lutas dos trabalhadores por dias melhores, é para pegar carona nos movimentos sociais. Quando estiveram no poder fizeram dos cargos que exerceram muito mais instrumentos de desejos pessoais e enriquecimento ilícito do que instrumentos de luta contra as desigualdades sociais.

O resultado dessa falta de sintonia entre sonho e realidade, baseada sobretudo no preconceito de classe e no sectarismo político, foi a queda de popularidade do petismo e o recrudescimento da direita no Brasil. Tendo como legado macabro a eleição e atual gestão do governo Jair Bolsonaro. Com a prisão de Lula, a Justiça golpista deixou o caminho aberto para vitória de Bolsonaro. Como seria o governo dele? Um desastre internacional. Mas, à época, ninguém estava preocupado com isso. Todos estavam com ele, tirando quem votou no PT ou em solidariedade a Lula.

Por traz da candidatura oposicionista de JHC a “velha política” deita e rola, mas ele faz questão de ocultar, como quem coloca o lixo debaixo do tapete. Mas, uma hora “h” a podridão vem à tona. Em política, não adianta tirar o bode da sala. Fica o cheiro. Quem quebrou e endividou o Estado, dobrando a dívida de Alagoas com a União, está com ele: o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Quem prometeu despoluir o Salgadinho e chegou a tomar banho de mar na Praia da Avenida, dizendo que a água estava limpa e balneabilidade segura, também apoia ele: a ex-prefeita Katia Born (PDT).

Com Alfredo Gaspar, como se vê e ele faz questão de mostrar, estão as forças emergentes e aqueles que ocupam no momento os dois principais cargos de Alagoas: o governador do Estado e o prefeito da Capital. Autoridades que confiaram nele, na postura dele como homem público e cidadão de conduta ilibada, capaz de fazer na prefeitura aquilo que fez à frente do Ministério Público Estadual, administrar com transparência, com equilíbrio e equidade. Com quase 25 anos como promotor de Justiça, na lida diária com o povo, Alfredo Gaspar, como candidato a prefeito, surpreendeu a todos, até seus padrinhos políticos.

“É nele que o povo vota, independente de seus apoiadores”, diz o jornalista Guilherme Lamenha, assessor de imprensa do candidato Alfredo Gaspar, lembrando que, muito antes da campanha eleitoral deste ano, as pessoas já se manifestavam em defesa do nome do então procurador-geral de Justiça para a disputa política. Em adesivos colocados nos carros, as pessoas diziam “Alfredo me representa”. O nome dele ganhou força também após a sua atuação como secretário estadual de Segurança Pública. Apesar de pouco tempo no cargo, Gaspar deixou um saldo muito positivo, no combate à criminalidade.

*Artigo publicado também no jornal O DIA, edição de 22 a 28 de novembro.

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